terça-feira, 30 de agosto de 2011

2. Razões Justificativas da acção: Problemas/Necessidades de Formação Identificados


 O conflito como objecto de análise é um assunto controverso na medida em que em torno de si giram duas linhas de interpretação totalmente opostas. Por um lado, a herança de Rousseau, para quem a natureza social é harmónica e, portanto, a integração é fruto de consenso. Por outro, o pensamento hobbesiano, segundo o qual a sociedade está composta por homens egoístas e com interesses opostos; em consequência, a integração só é possível através da coação. Assim, segundo se parta de uma ou outra linha de pensamento, os conflitos e a mudança convertem-se nos problemas centrais de qualquer análise sociológica da educação ou, pelo contrário são ignorados e substituídos por questões como a ordem e a integração. De entre os adeptos desta última perspectiva destacam-se os funcionalistas para quem a estrutura social é estável, normativa e baseada numa comunidade de interesses e valores sendo, por isso, as situações conflituais tratadas como acontecimentos esporádicos que resultam de condutas patológicas, fora dos sistema, que não tem nenhuma importância na análise social. Ora, não existe uma única causa que explique o conflito social. O conflito é pluridimensional e consequência de divergentes e contraditórios interesses. É um elemento importante na configuração do sistema social, económico, político cultural e educacional. Contribui para a progressiva reconfiguração das estruturas sociais


A Gestão, administração e mediação de conflitos: que possibilidades? poderá contribuir, mediante a utilização de boas práticas dial(pedag)ógicas, para a emergência de opiniões reflexivas, saberes, destrezas e recursos facilitadores da melhoria das relações interpessoais e, consequentemente, do ensino e da aprendizagem.
 

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